Leituras proveitosas (as que eu fiz)
“A multitude of rulers is not a good thing, Let there be one ruler, one king.” – Herodotus
Sim, eu uso os joguinhos.
Não vivemos por um rei. Não vivemos por uma classe dominante. Vivemos aos pés e somos escravos de uma civilização. E, enquanto o homem degrada-se e infantiliza-se, não há quem escape, e, portanto, quem ganhe com isto, senão a própria abstração da civilização que, ao aniquilar o homem, faz-se união de nós.
Não, porém não nos une. Afasta-nos para que não nos juntemos contra ela e faz-se de nossas distâncias. Hoje parece-me por demais inconcebível como algo que não existe, salvo a nossa própria capacidade de abstração, pode nos dominar e não como ferramenta de alguém, mas através de alguns, fazendo-se mais do que os que a concebem e, portanto (ufa!) não me prenderei neste ponto, pois, blá, já disse.
Somos infelizes. E somos infantilizados. E isso é que não sabemos a diferença entre o que é ter felicidade e o que é ter prazer. Dizia-se em minha infância que os ricos não eram felizes e, por mais que isso fosse permeado de inveja deles, fazia-se sentido nas bocas e nas vidas das pessoas simples que proferiam estas palavras.
Fazem-se anos que não ouço tal afirmação e, a velha “dinheiro não compra felicidade”, tem muito sido utilizada como gozação. Não faz mais sentido para estas afirmações nesse mundo, porque, efetivamente, o dinheiro pode comprar tudo!
O cacete que pode! Pode muito mais do que poderia comprar em outros tempos, podemos considerar, mas nem isso (depois me explico). Não fazem mais sentido porque dinheiro compra prazer e não mais se sabe a diferença entre prazer e felicidade.
E ter é gozar e gozar é necessário para se ser feliz. Maldito Freud, por dizer verdades tão facilmente mal interpretáveis.
Não há muito mais o que dizer, senão explicar, como dito, que dinheiro não compra mais do que prazeres e status. Assim sendo desde a existência do dinheiro, ele não compra mais hoje do que a mil anos atrás.
Antes que termine, li e concordei, embora seja difícil de aceitar: A felicidade é oriunda da negação do desejo. Sei que soa mal. Sei que soa errado. E sei que não vou te convencer de que estou certo e sei que parece doentio (no sentido que leva a doença). Mas me parece e não consigo concluir de forma mais convincente ou esclarecedora.
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